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27/01/2021

COMO DEFINIR SE UMA EMPRESA INICIANTE É UMA STARTUP

Até o leitor menos atento já observou que a palavra Startup têm surgido em quase todas as mídias quando a leitura está relacionada ao empreendedorismo, inovação, desenvolvimento econômico ou investimentos.

 

A origem do termo está associada à explosão de empresas de tecnologia que surgiram no Vale do Silício, região da Califórnia nos anos 1990. Por esse motivo que no Brasil e em todo o mundo, a palavra Startup, é associada às empresas que atuam na internet ou com tecnologia embarcada. A tradução livre da palavra, é começar; desta forma, podemos dizer que empresas que estão iniciando as atividades, são uma startup. Porém há divergências.

Há quem diga que Startup é um tipo de empresa de qualquer setor da economia em início de atividade e de baixo custo operacional que produz algo inovador, tangível ou não.

Porém, há quem agregue outras características as anteriores; que ela seja inovadora em sua essência, sustentável financeiramente gerando valor para os clientes e, escalável, assim, o mesmo modelo de negócio poderá atingir mais clientes em menos tempo. É um modelo de negócio que usa a tecnologia como ferramenta em busca de soluções.

Sabe-se, através de fóruns acadêmicos, ou meeting empresariais que os empreendedores de Startups, são em sua maioria jovens, com boa formação acadêmica, histórico berço empresarial e muita vontade de acertar, mas, nem sempre isso acontece; números da ABS - Associação Brasileira de Startups, indicam que o sucesso do jovem empreendedor vem quase sempre depois dele fechar quatro empresas. Nesse ecossistema não há temor do julgamento pelos erros que levam a fechar empresas, a análise é sempre racional, pautada em resultados escaláveis.

Entretanto, esse movimento parece ser um paradoxo, afinal o Brasil está em crise econômica e em plena pandemia. O nível de desemprego está altíssimo, a recolocação profissional está cada vez mais difícil. O Estado de São Paulo perde anualmente mais de 84 mil empresas, levando para o ralo, 1,5 bilhão de reais. Os percentuais de fechamento das empresas brasileiras em seu primeiro ano de vida, beira a casa dos trinta por cento.

Então, qual fundamento justifica o surgimento e o sucesso desse modelo de empresa?

Os propósitos.

As startups têm propósitos, possui escopo bem definido, tem governança e querem ser reconhecidas, mas, antes disso, querem gerar valor para o ecossistema, há conexão e inspiração para busca de soluções para o desenvolvimento das empresas.

Diferente no comportamento em relação as empresas tradicionais, as Startups atuam em ambientes abertos, pois precisam de outras para complementar seus projetos, desta forma o compartilhamento de informações e conteúdo é realizado sem medo.

De acordo com o Manual de Oslo, as cidades que apoiam a presença de ambientes inovadores, como Labs de Inovação, Polos Tecnológicos, aceleradoras de empresas entre outros, tem melhor desempenho econômico e são mais competitivas que outras.

O sistema ou conjunto inovador de uma cidade não deve ser um ambiente isolado, mas sim aberto e composto por diversos atores. Administração pública, universidades e indústrias, formam a hélice tripla da geração de negócios inovadores, cada um com a sua missão. Há diferentes estudos que tratam da inovação, mas o principal deles é a relação que se estabelece entre o processo produtivo inovativo que leva a uma nova dinâmica industrial. Isso faz a diferença nas indústrias de uma cidade.

Mais uma vez, quero lembrar ao leitor que o objetivo deste paper não era se aprofundar sobre o tema, mas convidar à reflexão, pois é relevante e atrativo, sem contar que, com um clique no principal buscador da internet surgirá milhares de possibilidades de leitura.

A ACIRC apoia esse modelo de negócio. Estamos diante de um tempo disruptivo, onde a inovação pode alterar para melhor o que já existe. Promovemos o desenvolvimento econômico fornecendo informações, serviços relevantes para aumentar a competitividade dos nossos associados. 

Se desejar saber mais sobre startups, clique aqui.

Clóvis Delboni - Gerente executivo da Associação Comercial e Industrial de Rio Claro.

Palavras-chave: STARTUP, EMPRESAS, 2021, ACIRC