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09/11/2020

Confiança do consumidor paulista sobe em outubro

Indicador da ACSP chega aos 85 pontos, maior patamar desde o início da pandemia. Apesar da melhora, o índice ainda não chegou na zona do otimismo, acima dos 100 pontos

Mesmo ainda em período de distanciamento social, o Índice de Confiança do Consumidor do Estado de São Paulo (ICP-P), medido pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), aumentou e chegou aos 85 pontos em outubro.

O indicador, elaborado em parceria com a startup de tecnologia Behup, aponta que, mesmo ainda fora do campo otimista (acima de 100 pontos), é o maior desde o início da pandemia. 

Os números de outubro estão dois pontos acima de agosto e setembro, e doze acima dos verificados em maio e junho - o auge da baixa confiança no ano.

A pesquisa ainda demonstra que a visão dos entrevistados sobre consumo está cada vez mais perto de uma situação na qual não havia isolamento social. 

“O consumidor está recuperando a confiança em função do auxílio emergencial e da perspectiva de continuidade da flexibilização das medidas de isolamento social”, afirma Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP.

Na pesquisa, foi perguntado às famílias sua percepção sobre a economia, sua situação financeira, emprego e como se sentiam em relação à vida que levam hoje.

Do total, 52% dos entrevistados mostraram-se muito insatisfeitos ou insatisfeitos. Em setembro, 54% estavam dentro deste perfil. O pico foi em maio, com 63%. Os que afirmam estarem satisfeitos, no entanto, somaram 32% dos pesquisados, número menor que o de agosto (37%).

Também foi perguntado aos consumidores se eles acham que, em seis meses, a economia do estado de São Paulo ficará mais fraca (muito ou um pouco mais), se será parecida com o que já é, ou se estará muito mais forte.

Os entrevistados que responderam que tudo estará pior, concentraram-se mais em março, abril e maio (com 51%, 56% e 53%, respectivamente). Nos meses subsequentes, houve melhora gradativa da confiança.

Em agosto e setembro, havia apenas 22% de pessoas que viam a situação da pior forma possível, e, agora, o percentual caiu para 18%. Apesar disso, o número de pessoas que projetam um futuro melhor e as que acham que vai ficar tudo como está é quase o mesmo: 38% e 37%, respectivamente. 

“A cada mês que passa, as pessoas veem que o fim da pandemia e, consequentemente, do isolamento social, aproxima-se”, explica Gamboa. “Além disso, com a chegada do fim do ano, há de certa forma uma crença em um futuro melhor”, completa.  

De maio para cá, também aumentou a porcentagem de pessoas que estão dispostas a fazer uma compra de maior valor, como um carro ou uma casa. Os pesquisadores perguntaram se, comparado há seis meses, o consumidor estaria mais confiante para este tipo de aquisição.

Em maio, haviam apenas 13% de entrevistados que se diziam animados para tal iniciativa. Em junho, houve um salto para 21% e, hoje, está em 31%. “O auxílio emergencial de R$600, que beneficiou principalmente a classe C, ajudou as pessoas a planejarem as compras, mesmo aquelas de maior valor”, diz o economista. 

Outro tema importante do estudo refere-se ao desemprego. Foi pedido que se comparasse seis meses atrás com hoje e, então, que as pessoas dissessem se achavam que havia mais ou menos confiança no que se refere à segurança do seu emprego, do emprego de outros membros da família ou de outros conhecidos.

Do total, 41% disseram que estão muito ou um pouco menos confiantes, contra 46% em setembro. Os que responderam muito mais ou um pouco mais chegaram a 31% em outubro ante 27% do mês passado.

Além disso, 54% das famílias acham que aumentará o número de pessoas sem emprego. O percentual ainda é elevado, mas melhorou bastante em relação ao que era em abril e maio (80% e 85%, respectivamente). 

O ICP-SP da ACSP/Behup varia de 0 a 200 pontos. Ou seja, apesar da melhora da percepção do futuro, a confiança do consumidor paulista ainda não está no campo otimista. 

Fonte: https://dcomercio.com.br/