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16/11/2020

Recuperação do setor de serviços pode ser freada pelo fim do auxílio

Segundo economistas da ACSP, em um cenário de desemprego elevado e fim do auxílio emergencial, a continuidade da flexibilização do isolamento social ganha importância

Em setembro, os serviços seguiram diminuindo sua contração. Esse arrefecimento poderá perder força durante os próximos meses com o fim do auxílio emergencial, numa situação de desemprego elevado.

Por outro lado, a continuidade da flexibilização das medidas de isolamento social e a expectativa mais positiva das famílias frente ao futuro poderão contribuir positivamente para que o setor, paulatinamente, prossiga em sua retomada.

O volume de serviços prestados, em setembro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou crescimento de 1,8%, em relação a agosto, anotando a quarta alta seguida nessa mesma base de comparação.

No contraste com maio de 2019, houve queda de 7,2%, menor do que a esperada pelo mercado. Em termos anuais e em 12 meses, as contrações alcançaram a 8,8% e 6,0%, respectivamente, porém seguem muito influenciadas pelos resultados fortemente negativos de abril e maio.

A tendência, dado o cenário atípico existente, fica mais clara na comparação com o mesmo mês do ano passado, tal como mostra o gráfico abaixo, que permite visualizar que o setor tem atenuando sua retração a partir de junho.

Esse arrefecimento estaria diretamente relacionado à flexibilização das medidas de isolamento social, ao impacto positivo na renda das famílias, gerado pelo auxílio emergencial, e à maior confiança do consumidor registrada nos últimos meses.

Em relação a 2019, novamente quatro das cinco atividades consideradas na pesquisa do IBGE recuaram.

Os impactos negativos vieram, mais uma vez, dos serviços prestados às famílias (hotéis e restaurantes), transportes (principalmente aéreo), serviços profissionais, administrativos e complementares (serviços prestados a empresas) e serviços de comunicação (TV por assinatura, cinemas e eventos).

Novamente, o único ramo que cresceu foi o denominado “outros serviços”, impulsionado pela negociação de títulos e valores, coleta de resíduos e reparação.

O agregado do turismo seguiu caindo fortemente, devido à diminuição dos serviços de hotéis, transporte aéreo, locação de veículos e restaurantes.

Fonte: https://dcomercio.com.br